BRICS aprova inclusão de seis novos países em um movimento histórico - Sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024



BRICS aprova inclusão de seis novos países em um movimento histórico - Sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024


Expansão Histórica dos BRICS: Seis Novos Países Aderem à Aliança Económica Global


Num movimento histórico, a Cimeira dos BRICS aprovou a inclusão de seis novos países, fortalecendo a sua posição como uma força importante na governação económica global. Esta expansão realça a crescente influência dos países em desenvolvimento e das economias emergentes na remodelação do panorama económico mundial.

Salman Khan,
14 de fevereiro de 2024, 00:09 EST

Numa mudança significativa em direcção a uma ordem mundial multipolar, a Cimeira dos BRICS aprovou a inclusão de seis novos países, marcando um momento crucial na governação económica global.

A Expansão dos BRICS: Uma Nova Era de Governança Económica Global

Enquanto estou sentado na movimentada sala de imprensa da 16ª Cimeira dos BRICS, o ar está pesado de expectativa. O grupo BRICS, um acrónimo para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é há muito tempo uma força formidável no cenário económico global. Hoje, essa força deverá tornar-se ainda mais poderosa com a aprovação da adesão de seis novos países à aliança.

O Egito , um importante parceiro comercial do Brasil e um ator significativo no continente africano, está entre os novos membros. Esta expansão significa a integração de intervenientes significativos da indústria petrolífera global na aliança BRICS, com os principais produtores de petróleo do Médio Oriente também a juntarem-se às fileiras.

Um Apelo à Diversificação e à Cooperação

A importância de os países em desenvolvimento e as economias emergentes diversificarem as suas relações económicas e cooperarem com economias-chave como a China não pode ser exagerada. Esta cooperação não se trata apenas de comércio, mas de criação de parcerias que possam conduzir ao crescimento e ao desenvolvimento sustentáveis.

Na Nigéria, a advogada de direitos humanos Femi Falana instou o governo a aderir ao bloco económico BRICS. Ele acredita que a venda de petróleo nigeriano em naira fortaleceria a moeda em relação ao dólar. Falana também criticou a confiança nas políticas do FMI e do Banco Mundial, enfatizando a necessidade de uma governação económica global justa.

O vice-presidente da Nigéria, Kashim Shettima, participou na 15ª Cimeira do BRICS, apesar da não adesão da Nigéria ao bloco económico. Esta medida sublinha o interesse do país em aderir à aliança e destaca os benefícios potenciais de tal parceria.

O Caminho a Seguir: Reforçar os Laços e Reformar as Organizações Internacionais

À medida que o grupo BRICS se expande, aumenta também o seu peso demográfico e económico. A expansão posiciona o BRICS+ como uma força importante na governação económica global, desafiando o domínio das potências tradicionais.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, está atualmente em sua segunda viagem oficial ao continente africano em seu terceiro mandato presidencial. A sua visita ao Egipto e à Etiópia visa fortalecer as relações com estes principais parceiros comerciais. Estão em andamento discussões sobre exportação de carne bovina, novos frigoríficos, frigoríficos e uma rota aérea entre o Brasil e o Egito.

Lula também participará da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, na Etiópia. O foco será no combate à desigualdade e à fome, na sustentabilidade e na transição energética, bem como na reforma das organizações internacionais para permitir uma maior participação dos países em desenvolvimento no sistema global de tomada de decisão.

À medida que o mundo avança no sentido de uma ordem mais multipolar, o grupo BRICS alargado permanece como um farol de esperança para os países em desenvolvimento que procuram uma participação mais justa na governação económica global.

A aprovação destes seis novos países para aderirem ao grupo BRICS marca uma nova fase no desenvolvimento do bloco. Com esta expansão, o peso económico e demográfico do grupo aumenta significativamente, posicionando-o como uma força importante na governação económica global.

Hoje, dia 14 de Fevereiro de 2024, assistimos a um momento histórico que poderá remodelar o panorama económico global. Como jornalista, não posso deixar de sentir um sentido de responsabilidade em documentar esta transformação, captando as implicações das notícias de hoje para o mundo de amanhã.

Fonte: BNN