Trump vs. BRICS, a batalha pela supremacia da moeda global

 



Trump vs. BRICS, a batalha pela supremacia da moeda global



26 de março


Trump vs. BRICS, a batalha pela supremacia da moeda global




O cenário financeiro global está passando por uma mudança significativa, e no centro dessa transformação está uma disputa pelo poder pelo futuro da supremacia da moeda global.

Durante décadas, o dólar americano reinou supremo, servindo como a pedra angular do comércio internacional, dos investimentos e detendo o cobiçado título de principal moeda de reserva do mundo.

No entanto, a ascensão de novas potências econômicas, particularmente os países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e a expansão da coalizão BRICS+, estão desafiando o domínio de longa data do dólar.

O surgimento dessas economias poderosas, lideradas pela China e pela Rússia, desencadeou uma rivalidade estratégica com os Estados Unidos, com cada lado competindo pelo controle do futuro sistema monetário global.

Alimentando essa competição está o legado da política “America First” do ex-presidente Donald Trump, que buscava solidificar a posição do dólar americano. Enquanto isso, as nações BRICS+ estão explorando ativamente alternativas para desdolarizar e diminuir a influência da moeda americana.

Mas o que essas forças concorrentes significam para a economia global? O dólar americano está realmente em perigo de perder sua cobiçada posição como moeda de reserva mundial?

O domínio do dólar americano no sistema financeiro global abrange quase um século. Após a Segunda Guerra Mundial, o Acordo de Bretton Woods de 1944 estabeleceu o dólar americano como a moeda central para o comércio e as finanças internacionais. Este acordo histórico, que atrelou outras moedas ao dólar americano, solidificou sua posição como moeda de reserva mundial.

Nem mesmo o colapso do sistema de Bretton Woods no início da década de 1970 conseguiu destronar o dólar, que continuou a reinar supremo nas finanças globais.

Vários fatores contribuíram para a força inigualável do dólar. O mais importante entre eles é o tamanho e a resiliência da economia dos EUA. Como a maior economia do mundo, os Estados Unidos ostentam um sistema financeiro profundo, líquido e confiável para investidores em todo o mundo. Essa estabilidade inerente atrai capital e reforça a atratividade do dólar.

Além disso, o dólar se tornou a moeda padrão para os principais mercados globais, mais notavelmente o mercado de petróleo. O sistema “petrodólar”, que determina que as transações de petróleo sejam conduzidas em dólares, tem sido fundamental para consolidar o papel central do dólar no comércio e na demanda globais.

Além dos fatores econômicos, o dólar também se beneficiou de seu status como moeda de reserva preferida para bancos centrais em todo o mundo. A considerável influência política e militar dos Estados Unidos reforça ainda mais o domínio do dólar. Países que buscam se envolver em comércio com os EUA ou manter acesso a seus vastos mercados são incentivados a manter reservas em dólar, reforçando efetivamente a posição global do dólar.

Assista ao vídeo abaixo do Geopolitical Analyst para mais informações.

https://youtu.be/7BEp2erEXYM